TRANSPARÊNCIA NA PREVIDÊNCIA

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Trouxemos até você, um breve resumo dos detalhes mais importantes a se preocupar, antes de definir por qual plano de previdência contratar.

Temos percebido que diversas pessoas, quando pensam em previdência privada, conseguem entender o que é, sabem que precisam ter, gostariam de contratar, mas não a contratam por uma simples razão: Não sabem por onde começar.

Recebemos constantemente as seguintes perguntas: “Qual o melhor plano de previdência?” ou “Qual o plano de previdência que vou ganhar mais dinheiro?” e a resposta em ambos os casos é que todos os planos são bons e proporcionam resultados, dentro da expectativa, necessidade e perfil de cada investidor, logo, existem diversos produtos para os mais variados perfis de investidores, levando-nos a entender que a pessoa precisa conhecer o seu perfil, para definir de forma convicta, o plano a contratar.

Diante disso, para fazer a escolha correta por um produto que se enquadre em seu perfil de investidor, é necessário conhecer os principais detalhes dos produtos existentes no mercado, bem como os perfis de investidores, para que você saiba o que estão lhe ofertando e qual será o caminho a seguir diante desta oferta. Com isso você terá informações suficientes para até mesmo, negociar melhores condições, se assim for necessário.

Vamos aos pontos:

1º – PGBL ou VGBL – Na Revista DTKS News Nº 42, informamos que a principal diferença entre estes produtos é o incentivo fiscal, onde o PGBL é destinado a pessoas que realizam declaração de IR (Imposto de Renda) no modelo completo, permitindo uma dedução de até 12% de sua renda bruta anual quando realizar a sua declaração. No exemplo abaixo, consideramos uma pessoa com renda bruta de R$ 5.000,00 mensais e com contribuições de R$ 600,00 em previdência privada PGBL. Vejam o resultado:

Com a dedução do Imposto de Renda, a redução do IR corresponde a uma recuperação de R$ 1.980,00, que equivale a 3,3 parcelas ou 39,6% da renda mensal atual, sendo todo esse benefício obtido através do incentivo fiscal.

Os valores resgatados ou recebidos como benefício, são integralmente tributados na fonte, de acordo com as alíquotas previstas na legislação do Imposto de Renda.

Já o VGBL é destinado a pessoas que realizam sua declaração de IR (Imposto de Renda) no modelo simplificado ou não realizam declaração, não havendo incentivo fiscal, mas o imposto de renda será descontado no momento do resgate ou recebimento de benefício, apenas sobre os rendimentos da aplicação, de acordo com as alíquotas previstas na legislação do Imposto de Renda.

2º – Taxa de administração financeira ou TAF – É o percentual cobrado pelas instituições financeiras ou seguradoras, ao ano, para custear a aplicação e gestão dos valores. Esta taxa exige muita atenção do investidor, pois uma pequena porcentagem cobrada a mais ou a menos, pode resultar em uma grande diferença positiva ou negativa para o investidor. Vamos exemplificar: Uma pessoa, que iniciou seu plano de previdência, contribuindo R$ 100,00 mensais, durante 30 anos, com uma rentabilidade anual de 8% (Liquida de TAF) com 3% de TAF e outra pessoa que possui as mesmas premissas da anterior, só que com uma TAF de 2,5%, ao final de suas contribuições, a diferença no montante acumulado pode chegar a 9,3% à maior, para a pessoa que possui um plano de previdência com TAF de 2,5%. Normalmente, quanto maior é a contribuição, menor é a TAF, onde um exemplo claro disso é a nossa segmentação de produtos, onde o produto Classe I possui uma TAF de 2,5% com contribuição inicial de R$ 75,00 e o produto Classe III possui uma TAF de 1,5% com contribuição inicial de R$ 600,00. Pensando em algo intermediário, temos o produto Classe II que sua TAF é de 2,0% com contribuições iniciais de R$ 250,00.

3º – Taxa de carregamento – Esta taxa é destinada às despesas administrativas da instituição financeira ou seguradora. Ela pode ser cobrada na entrada das contribuições, ou seja, quando a pessoa realiza a sua contribuição, parte dela é descontada (conforme percentual previamente estabelecido na contratação) e o restante é aplicado no fundo contrato, ou na saída dos recursos, que é descontado em caso de resgate. Em algumas instituições, o percentual cobrado na saída é regressivo, ou seja, quanto mais tempo a pessoa permanecer no plano, menor será o percentual a ser descontado, podendo até zerar, como é o nosso caso, cuja tabela de carregamento é regressiva, respeitando dois critérios, período de permanência no plano ou o volume de reserva acumulada. Partindo destas premissas e da afirmação de que previdência privada é um investimento de longo prazo (acima de cinco anos no mínimo), podemos concluir que os produtos disponíveis aos nossos associados são “isentos” de carregamento, mas se houver a necessidade de resgate no curto prazo, avalie se é viável esta aplicação, devido aos descontos que serão realizados. Vejam a nossa tabela de carregamento:

4º Perfis de Investimento – Em todo plano de previdência, seja ele PGBL ou VGBL, os recursos serão aplicados em um fundo de investimento, cujos perfis podem variar de conservadores a dinâmicos. Os fundos de investimento conservadores de um plano de previdência são vinculados a aplicações em renda fixa, já os moderados e dinâmicos são aplicados parte em renda fixa e parte em renda variável (ações). Das três opções, a primeira é a de menor exposição a riscos, embora seja baixa também a exposição a grandes resultados (100% em renda fixa). A segunda opção é a moderada, aumentando sua exposição a riscos de perda, bem como a de obter melhores resultados (15% a 30% em renda variável). Já o terceiro e último perfil de investimento, o dinâmico, expõem-se ao risco de perda consideravelmente, só que o ganho também pode ser maior, se compararmos aos demais perfis (40 a 49% em renda variável). A escolha do perfil de investimento está diretamente ligada aos seus objetivos para com a contratação do plano de previdência. Avalie e planeje seus objetivos para depois definir por qual perfil escolher, pois se você está disposto a correr riscos o seu perfil é do moderado ao dinâmico, agora, se prefere algo cauteloso, mas com maior segurança, certamente o seu perfil será o conservador. Veja ilustração que facilitará o seu entendimento:

Perfil de Investidor

5º Taxa de rentabilidade – Por fim, mas não menos importante que os demais, trataremos sobre a taxa de rentabilidade. Esta taxa é o resultado que as instituições financeiras e seguradoras conseguem com as aplicações dos recursos dos participantes dos planos de previdência. Para melhor apreciação deste ponto, é necessário avaliarmos o resultado do plano de previdência, através do lucro real do plano, abatendo a TAF e a inflação acumulada do período. Vejamos um exemplo: Uma aplicação com rentabilidade bruta de 10%, subtraímos a TAF de 2,5% e a inflação acumulada nos últimos 12 meses que chegou a 5,5%, a rentabilidade líquida obtida será de 2%, sendo este o percentual real de ganho de capital que a sua reserva terá. Lembramos que as rentabilidades apresentadas dos fundos de investimento dos planos de previdência disponíveis aos nossos, são líquidas da TAF, ou seja, são apresentadas já com esta dedução. Como sempre afirmamos, “Rentabilidade do passado não é garantia de rentabilidade futura” avalie com cuidado os históricos de resultado e utilize as informações apresentadas no 4º ponto, para decidir em qual fundo de investimento aplicar, buscando sempre os melhores resultados.

Se compreendermos esses cinco pontos apresentados certamente reduziremos e muito o risco de contratação de um plano de previdência que não esteja dentro de nosso perfil.

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